Não Desista
Tinha dezessete anos de idade e mantinha sempre um brilhante sorriso. Isto pode não parecer incomum, exceto pelo fato de que Tina tinha paralisia cerebral. Como tinha problema para falar, era este sorriso brilhante que refletia sua verdadeira personalidade - uma grande criança.
Usava um "andador" e com ele atravessava os aglomerados na escola. Muitas pessoas não falavam com ela. Por que? Quem sabe? Talvez porque ela parecesse diferente e o os estudantes não soubessem como se aproximar. Normalmente Tina quebrava o gelo com as pessoas da sala (especialmente os meninos) com um grande "Olá!".
A tarefa era memorizar três estrofes do poema "Don't Quit" (não desista). Eu dei à tarefa o valor de apenas dez pontos já que eu sabia que a maioria de meus alunos não a faria de qualquer maneira. Quando eu era estudante, se um professor atribuía apenas dez pontos à um trabalho de casa, com certeza eu não o faria.
Assim eu não esperava muito dos adolescentes de hoje. Tina estava na aula e lhe observei um semblante diferente do normal e brilhante sorriso. O olhar era de preocupação.
- Não se preocupe, Tina. - Pensei comigo mesmo - Afinal vale somente dez pontos.
No dia marcado, enquanto eu corria a lista de alunos, minhas expectativas se confirmaram: um por um, cada estudante falhou ao recitar o poema.
- Desculpe-me, Sr. Krause, - era a resposta padrão - de qualquer maneira são apenas dez pontos... Certo?
Finalmente, com frustração e caçoando, eu avisei que o próximo aluno que não recitasse o poema perfeitamente teria que se deixar cair ao chão e fazer dez flexões. Resquícios de meus dias como professor de educação física. Para minha surpresa, Tina era a próxima.
Ela usou seu "andador" para mover-se até a frente da sala e, se esforçando para dar forma às palavras, começou a tentar recitar o poema. Ao final da primeira estrofe cometeu um erro. Antes que eu pudesse dizer uma palavra, jogou o "andador" para o lado, caiu ao chão e começou a fazer as flexões. Fiquei horrorizado e tentei dizer, "Tina, eu estava brincando!" Mas ela rastejou até o "andador", manteve-se firme na frente da turma e continuou o poema. Terminou todos as três estrofes.
Quando ela terminou, um dos estudantes lhe perguntou,
- Tina, por que você fez isso? São apenas dez pontos!
Tina fez uma pequena pausa e com esforço respondeu,
- Porque eu quero ser como vocês rapazes - normal.
Um pesado silêncio caiu na sala, até que um outro estudante exclamou,
- Tina, nós não somos normais - somos adolescentes! Nós arranjamos encrencas a toda hora.
- Eu sei. Tina respondeu com um grande sorriso espalhado em seu rosto.
Tina conquistou seus dez pontos daquele dia. Conquistou também o amor e o respeito de seus colegas de classe. E para ela, isso valeu muito mais do que dez pontos.
Usava um "andador" e com ele atravessava os aglomerados na escola. Muitas pessoas não falavam com ela. Por que? Quem sabe? Talvez porque ela parecesse diferente e o os estudantes não soubessem como se aproximar. Normalmente Tina quebrava o gelo com as pessoas da sala (especialmente os meninos) com um grande "Olá!".
A tarefa era memorizar três estrofes do poema "Don't Quit" (não desista). Eu dei à tarefa o valor de apenas dez pontos já que eu sabia que a maioria de meus alunos não a faria de qualquer maneira. Quando eu era estudante, se um professor atribuía apenas dez pontos à um trabalho de casa, com certeza eu não o faria.
Assim eu não esperava muito dos adolescentes de hoje. Tina estava na aula e lhe observei um semblante diferente do normal e brilhante sorriso. O olhar era de preocupação.
- Não se preocupe, Tina. - Pensei comigo mesmo - Afinal vale somente dez pontos.
No dia marcado, enquanto eu corria a lista de alunos, minhas expectativas se confirmaram: um por um, cada estudante falhou ao recitar o poema.
- Desculpe-me, Sr. Krause, - era a resposta padrão - de qualquer maneira são apenas dez pontos... Certo?
Finalmente, com frustração e caçoando, eu avisei que o próximo aluno que não recitasse o poema perfeitamente teria que se deixar cair ao chão e fazer dez flexões. Resquícios de meus dias como professor de educação física. Para minha surpresa, Tina era a próxima.
Ela usou seu "andador" para mover-se até a frente da sala e, se esforçando para dar forma às palavras, começou a tentar recitar o poema. Ao final da primeira estrofe cometeu um erro. Antes que eu pudesse dizer uma palavra, jogou o "andador" para o lado, caiu ao chão e começou a fazer as flexões. Fiquei horrorizado e tentei dizer, "Tina, eu estava brincando!" Mas ela rastejou até o "andador", manteve-se firme na frente da turma e continuou o poema. Terminou todos as três estrofes.
Quando ela terminou, um dos estudantes lhe perguntou,
- Tina, por que você fez isso? São apenas dez pontos!
Tina fez uma pequena pausa e com esforço respondeu,
- Porque eu quero ser como vocês rapazes - normal.
Um pesado silêncio caiu na sala, até que um outro estudante exclamou,
- Tina, nós não somos normais - somos adolescentes! Nós arranjamos encrencas a toda hora.
- Eu sei. Tina respondeu com um grande sorriso espalhado em seu rosto.
Tina conquistou seus dez pontos daquele dia. Conquistou também o amor e o respeito de seus colegas de classe. E para ela, isso valeu muito mais do que dez pontos.
Amor em família
Dois irmãozinhos brincavam em frente de casa, jogavam bolinhas de gude. Quando Júlio o menino mais novo disse ao irmão Ricardo:
- Meu querido irmão, eu te amo muito e nunca quero me separar de você!
Ricardo sem dar muita importância ao que Júlio disse, pergunta:
- O que deu em você moleque? Que conversa besta é essa de amar? Quer calar a boca e continuar jogando?
E os dois continuaram jogando a tarde inteira até anoitecer. A noite o senhor Jacó, pai dos garotos chegou do trabalho, estava exausto e muito mal humorado, pois não havia conseguido fechar um negócio importante. Ao entrar Jacó olhou para Júlio que sorriu para o pai e disse:
- Olá papai, eu te amo muito e não quero nunca me separar do senhor!
Jacó no auge de seu mal humor e stress disse:
- Júlio, estou exausto e nervoso, então por favor não me venha com besteiras!
Com as palavras ásperas do pai, Júlio ficou magoado e foi chorar no cantinho do quarto. Dona Joana, mãe dos garotos sentindo a falta do filho foi procura-lo pela casa, até que o encontrou no cantinho do quarto com os olhinhos cheios de lágrimas. Dona Joana espantada começou a enxugar as lágrimas do filho e perguntou:
- O que foi Júlio, porque choras?
Júlio olhou para a mãe, com uma expressão triste e lhe disse:
- Mamãe, eu te amo muito e não quero nunca me separa da senhora!
Dona Joana sorriu para o filho e lhe disse:
- Meu amado filho, ficaremos sempre juntos!
Júlio sorriu, deu um beijo na mãe e foi se deitar. No quarto do casal, ambos se preparando para se deitar, Dona Joana pergunta para seu marido Jacó:
- Jacó, o Júlio está muito estranho hoje, não acha?
Jacó muito estressado com o trabalho disse a esposa:
- Esse moleque só está querendo chamar a atenção... Deita e dorme mulher!
Então todos se recolheram e todos dormiam sossegados. As 2 horas da manhã, Júlio se levanta vai ao quarto de seu irmão Ricardo e fica observando o irmão dormir... Ricardo incomodado com a claridade acorda e grita com Júlio:
- Seu louco, apaga essa luz e me deixa dormir!
Júlio em silencio obedeceu o irmão, apagou a luz e se dirigiu ao quarto dos pais... Chegando ao quarto de seus pais acendeu a luz e ficou observando seu pai e sua mãe dormirem. O senhor Jacó acordou e perguntou ao filho:
- O que aconteceu Júlio?
Júlio em silencio só balançou a cabeça em sinal negativo, respondendo ao pai que nada havia ocorrido. Então o senhor Jacó irritado perguntou a Júlio:
- Então o que foi moleque?
Júlio continuou em silencio. Jacó já muito irritado berrou com Júlio:
- Então vai dormir seu doente!
Júlio então apagou a luz do quarto se dirigiu ao seu quarto e se deitou. Na manhã seguinte todos se levantaram cedo, o senhor Jacó iria trabalhar, a dona Joana levaria as crianças para a escola e Ricardo e Júlio iria a escola... Mas Júlio não se levantou. Então o senhor Jacó que já estava muito irritado com Júlio, entra bufando no quarto do garoto e grita:
- Levanta seu moleque vagabundo!
Júlio nem se mexeu.
Então Jacó avança sobre o garoto e puxa com força o cobertor do menino com o braço direito levantado pronto para lhe dar um tapa quando percebe que Júlio estava com os olhos fechados e que estava pálido. Jacó assustado colocou a mão sobre o rosto de Júlio e pode notar que seu filho estava gelado. Desesperado Jacó gritou chamando a esposa e o filho Ricardo para ver o que havia acontecido com Júlio...
Infelizmente o pior. Júlio estava morto e sem qualquer motivo aparente.
Dona Joana desesperada abraçou o filho morto e não conseguia nem respirar de tanto chorar. Ricardo desconsolado segurou firme a mão do irmão e só tinha forças para chorar também. Jacó em desespero soluçando e com os olhos cheios de lágrimas, percebeu que havia um papelzinho dobrado nas pequenas mãos de Júlio. Jacó então pegou o pequeno pedaço de papel e havia algo escrito com a letra de Júlio.
"Outra noite Deus veio falar comigo através de um sonho, disse a mim que apesar de amar minha família e dela me amar, teríamos que nos separar.
Eu não queria isso, mas Deus me explicou que seria necessário. Não sei o que vai acontecer mas estou com muito medo. Gostaria que ficasse claro apenas uma coisa:
Ricardo, não se envergonhe de amar seu irmão. Mamãe, a senhora é a melhor mãe do mundo. Papai, o senhor de tanto trabalhar se esqueceu de viver.
Eu amo todos vocês!-"
Nenhum comentário:
Postar um comentário