segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Solidão
Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância nem do isolamento; um vazio que invade as pessoas e que a simples companhia ou presença humana não podem preencher; solidão foi a única coisa que eu não senti, depois de partir. Nunca. Em momento algum.

Estava, sim, atacado de uma voraz saudade. De tudo e de todos, de coisas e pessoas que há muito tempo não via. Mas a saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias. Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudade, mas não estará só.

Pense
Quando a sombra do desencanto vier acompanhar teus sonhos, pense naqueles que nunca tiveram condições de sonhar, por se encontrarem na vida em constantes pesadelos, na luta incessante contra a fome que pede a atenção permanente, e que pode levar ao desespero e à loucura.

Quando te acreditares desamparado, pense nas criancinhas que perambulam pelas ruas, sentindo o frio das noites medonhas e escuras, pedindo pelo aconchego de um braço materno ou pela orientação de um pai, que possa evitar a precipitação nos abismos do vício.

Quando te encontrares enfermo, pense naqueles que jazem nos leitos dos hospitais, sem a presença de algum familiar, tendo por companhia apenas o medo da morte, padecendo terríveis dores físicas e morais de moléstias incuráveis.

Quando perderes a esperança, pense nos criminosos que se amontoam nas celas inóspitas dos presídios, torturados pelo remorso e pela revolta, algemados nas correntes do ódio e do sentimento de vingança.

Quando te queixares pelo cansaço, pense nos paralíticos, nos aleijados, nos deficientes de toda sorte, que, na imobilidade das forças físicas, dariam tudo para poderem trabalhar e servir.

Quando perderes alguma posição no mundo, pense naqueles que já abandonaram a vestimenta carnal, a fim de assinalares o verdadeiro significado do poder, do sucesso, da riqueza ou da fama temporal.

Quando te encontrares satisfeito em todas as tuas necessidades, pense naqueles que dormem nos prazeres efêmeros da vida material - esquecidos de que a vida é simples passagem, que requer de nós trabalho e engrandecimento - para depois despertarem na vida espiritual sob completa miséria moral.

Quando te sentires feliz, pense nos desvalidos, nos estropiados, nos desequilibrados, nos tristes, a fim de que, compartilhando da tua felicidade, possas multiplicá-la.

Quando te considerardes sem motivos para viver, pense naqueles que estão à beira do precipício do suicídio, ou naqueles que já tiraram a própria vida, socorrendo-os com a tua solidariedade, e assim, certamente encontrarás uma forte razão para viver.

E quando nada disso vier a te sensibilizar ou transformar a tua posição mental, pense naquele que se deixou imolar na cruz, humilhado e abandonado, a fim de aliviar os nossos pesados sofrimentos; aquele que pronunciou o “vinde a mim” e ofereceu-nos o “jugo suave” e o “fardo leve”. Embora não tenhamos com freqüência pensado nele, Ele continua, até hoje, pensando em nós.

O tempo e a vida
Para entender o valor de um ano: pergunte a um estudante que não passou nos exames finais.

Para entender o valor de um mês: pergunte a uma mãe que teve um filho prematuro.

Para entender o valor de uma semana: pergunte ao editor de uma revista semanal.

Para entender o valor de um dia: pergunte ao soldado que aguarda por um resgate numa guerra.

Para entender o valor de uma hora: pergunte aos apaixonados que esperam o momento do encontro.

Para entender o valor de um minuto: pergunte a uma pessoa que perdeu o trem, ônibus ou avião.

Para entender o valor de um segundo: pergunte a uma pessoa que sobreviveu a um acidente.

Para entender o valor de um milisegundo: pergunte a uma pessoa que não ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas.

O tempo não espera por ninguém. Valorize cada momento de sua vida. Cada experiência vivida é única! 

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