domingo, 25 de setembro de 2011


Expressão verbal das emoções
Diferentemente dos animais, nós dispomos de uma forma de expressar o que vai na nossa alma: as palavras. É óbvio que, sendo a emoção um fenômeno com importante componente corporal, as palavras por si só não bastam para comunicá-las. Mas certamente são auxiliares valiosos.

Mas, infelizmente, somos condicionados, desde cedo, a não falar sobre o que sentimos, principalmente se esse sentimento for percebido como algo que nos inferioriza. Tudo pode estar minado por dentro, mas deve-se fazer todo o esforço do mundo para se exibir uma fachada de normalidade.

Confessar medos e fraquezas é visto como perigoso para o prestígio pessoal e pode parecer um sinal de insegurança. Paradoxalmente, são justamente as pessoas mais seguras e confiantes que têm menor receio de confessar seus temores e falhas.
Uma das mais antigas descobertas da humanidade indica que o ato de confessar o que sentimos é bom para o corpo e para a alma.

A tristeza compartilhada e a dor revelada diminuem as tensões geradas pela angústia e pelas perdas. Mas a importância e o benefício de falar sobre os sentimentos não se restringe apenas à dor. É necessário também externar e compartilhar as coisas boas.

Enfim, a questão é que a repressão das emoções e de sua expressão verbal não pode ser seletiva; deve-se “pôr para fora” todos os sentimentos; falar o que realmente se sente, reagir, sentir e externar afeto ou mágoa.
Se a emoção não se libera, agarra-se aos órgãos, perturbando seu funcionamento. O desgosto que se pode exprimir por gemidos e lágrimas é rapidamente esquecido; já o sofrimento mudo remói incessantemente o coração e termina por abatê-lo. 

Entusiasmo
A palavra "entusiasmo" vem do grego e significa "sopro divino". Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses. Por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.
Assim, se você fosse "entusiasmado" por Ceres (deusa da agricultura), você seria capaz de produzir a melhor colheita. Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano Era preciso, portanto, entusiasmar-se.

Assim, o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado.
A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredite nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade.

Só há uma maneira de ser entusiasmado: é agir entusiasticamente! Se esperarmos as condições ideais primeiro para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso.
Há pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida.

Como vai seu entusiasmo pelo seu país, por sua empresa, por seu emprego, por sua família, por seus filhos, pelo sucesso de seus amigos? Se você é daqueles que acham impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite: você jamais sairá dessa situação.
É preciso acreditar em você, na sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade. Deixe de lado todo o negativismo e o ceticismo. Seja entusiasmado com sua vida e principalmente com você mesmo.

Ensinando o cavalo a voar
Vamos dividir a palavra preocupação em duas partes: pré-ocupação. Ou seja, ocupar-se de algo antes que aconteça. Tentar resolver problemas que ainda não tiveram tempo de se manifestar. Imaginar que as coisas, quando chegam, sempre escolhem seu pior aspecto.

Há, é claro, muitas exceções. Uma delas é o herói desta pequena história:

Um velho rei da Índia condenou um homem à forca. Assim que terminou o julgamento, o condenado lhe pediu:

- Vossa Majestade é um homem sábio e curioso a respeito de tudo que seus súditos conseguem fazer. Respeita os gurus, os sábios, os encantadores de serpentes e os faquires. Pois bem. Quando eu era criança, meu avô me transmitiu a técnica de fazer um cavalo branco voar. Não existe mais ninguém neste reino que saiba isto, de modo que minha vida deve ser poupada.

O rei imediatamente mandou trazer um cavalo branco.
- Preciso ficar dois anos com este animal – disse o condenado.
- Você terá dois anos – respondeu o rei, a esta altura meio desconfiado – Mas, se este cavalo não aprender a voar, será enforcado.

O homem saiu dali com o cavalo, feliz da vida. Ao chegar em casa, encontrou toda a família em prantos.
- Você está louco? – gritaram todos – Desde quando alguém desta casa sabe fazer um cavalo voar?
- Não se preocupem – respondeu ele – Primeiro, nunca alguém tentou ensinar um cavalo a voar, e pode ser que ele aprenda. Segundo, o rei está muito velho e pode morrer nesses dois anos. Terceiro, o animal também pode morrer, e eu conseguirei mais dois anos para treinar um novo animal. Isso sem contar a possibilidade de revoluções, golpes de Estado, anistias gerais. Finalmente, se tudo continuar como está, eu ganhei dois anos de vida, e neles poderei fazer tudo o que tiver vontade. Vocês acham pouco? 

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