domingo, 25 de setembro de 2011


A mãe do filho
O "pequeno" cresceu. A mãe o ensinara a crescer... e crescer significa ser responsável tomando decisões e assumindo conseqüências.

Aprendeu. Cresceu tanto, que decidiu ir. Decidiu por si mesmo, sem perguntar se a mãe ia sofrer. Nem para a própria mãe e nem para ele mesmo.

- "Vou experimentar. Se não gostar, volto." Nem aquele: "você não fica triste?", de quando era pequeno. E a mãe racionaliza que é um direito dele querer ir e pensou:

- "Vai ser bom pra ele. - Que bom!"
O menino aprendera a se respeitar, a seguir os próprios impulsos medindo as conseqüências por si mesmo.

Sentindo-se vitoriosa, a mãe constatou que conseguira ensinar, com simples palavras e atitudes, o que aprendera por si mesma a duras penas.

Racionalmente, tudo bem! Mas mãe, aquela que vem das entranhas, que gerou, que pariu, não consegue ver a pessoa do filho, mas a sua cria. É animal. Não animal sem alma, mas com um instinto tão forte que sufoca a razão.

A vitória se manifesta em choro. Saudade. De manhã, o barulhinho do chuveiro, o rock baixinho no quarto. À tarde, o telefone, sempre ocupado. De madrugada, a televisão ligada. Copos pelo chão. Tênis pelos cantos. O sono pesado e inconseqüente da adolescência e juventude.
No armário vazio, só os cabides atestam: ele não mora mais ali. Vai voltar?... a mãe só sabe que o quarto vazio, irritantemente arrumado, dói demais... e vai doer ainda, até que a mulher consiga refazer a mãe dentro de si e fique apenas feliz porque o menino cresceu.
Um mês depois, a mãe encara o menino crescido. Não dói mais. Está refeita, plenamente feliz e sente orgulho, pois: O "pequeno" cresceu e não se foi... apenas mudou de endereço.

O amor que se acabou
Quando foi que o amor se acabou e o príncipe virou sapo e a princesa desencantou? Provavelmente depois de tantos beijos não dados, de tantos momentos deixados pro lado, de tanto monólogo de ambas as partes, da presença de fantasmas do passado.
Em geral o amor assiste à própria morte e resta silencioso. Ou ele grita por socorro e as pessoas se fazem de surdas. O mais difícil no fim de um relacionamento é admitir que tudo acabou. Há pessoas que insistem simplesmente porque não querem admitir o fim.
E caminham vagarosamente na vida, vivendo o dia-a-dia como se não houvesse o depois. Mas a vida não acaba quando morre um amor. Ela simplesmente passa por uma transição que, como todas, é freqüentemente dolorida. Tememos as mudanças porque tememos o desconhecido. Mas o que é o desconhecido?

Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo até que ele chegue a nós, não podemos sabê-lo até que chegue o momento em que, mergulhados, precisamos vivê-lo.
Aceitar a morte, qualquer que seja, é reconhecer nossa vulnerabilidade diante da vida. E somos seres orgulhosos por demais para querer reconhecer nossa fragilidade ante o que não podemos controlar. E a vida não se controla.

Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que podemos fazer é vivê-la o mais intensamente possível com todos os riscos e perigos que ela nos impõe, com todas as surpresas, que ela nos reserva.
Precisamos é tirar o melhor partido do que está nas nossas mãos e reconhecer que pra todo fim há sempre um recomeço.
Uma perda é quase sempre um ganho, é muitas vezes a válvula propulsora para uma nova vida, uma nova história, um novo amanhã.

Humilhando as pessoas
Quando alguém o desaponta, você tem duas opções. Pode criticar a pessoa, humilhá-la e embaraçá-la, ou pode tentar resolver o problema.

É pouco provável que você consiga fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Mas algumas pessoas tentam. Primeiro elas passam a encarar o outro como um inimigo e dizem coisas do tipo: “você é inconseqüente, atrasado, inútil, ignorante...”, mas, a seguir pedem seu apoio dizendo: “agora que já o xinguei bastante, devolva meu dinheiro, conserte meu carro e continue a me amar como antes!”.

É uma maneira difícil de conseguir resultados! Por mais que você esteja aborrecido, é preciso lembrar que ofender os outros só sabota nossas chances de fazê-las nos ajudar.
Se você gosta de confrontar as pessoas e ter seus chiliques ocasionais, tudo bem. Mas isso raramente o ajudará a conseguir aquilo que você deseja.

Quando você começa a agredir as pessoas, elas simplesmente deduzem que você é rude. Então passam a querer vê-lo sofrer, e se você depender da colaboração delas para alguma coisa, estará perdido, porque elas não farão a mínima questão de ajudar.

Em poucas palavras: em geral, as pessoas se sentem felizes em atender às expectativas que você tem a respeito delas. Quando você as respeita e as trata bem, elas retribuem esse respeito.
Se seu objetivo for obter a colaboração delas, seja generoso com sua demonstração de respeito. Na maioria das vezes elas aceitarão ajudá-lo de bom grado. 

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