segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Na hora certa
Certa vez ouvi uma história contada por um velho amigo que gostava de fazer passeios de barco.

Ele estava em um de seus passeios e ao caminhar pelo navio, viu um dos membros da tripulação escalando as cordas, indo até o "ninho do corvo". Quando estava na metade da escalada, o navio balançou, pendeu para um lado e ele foi jogado ao mar. Quando bateu na água, começou a gritar por ajuda enquanto batia os braços descontroladamente, se esforçando para sobreviver. Meu amigo viu que um marinheiro observava o homem na água de forma calma e tranqüila, sem esboçar nenhuma reação.

Após um curto tempo o homem na água se cansou e começou a afundar.  Imediatamente o marinheiro que observava tranqüilo saltou ao mar e salvou a vítima que se afogava.

Depois que ambos estavam em segurança à bordo, meu amigo foi até o marinheiro que fez o resgate e perguntou,
- Porque você esperou tanto tempo para saltar na água e salvar este homem?

Com a mesma calma, o marinheiro respondeu,
- Eu percebi que o homem lutava muito na água e era grande a possibilidade de ambos morrerem se eu saltasse rapidamente. Há muito tempo eu aprendi que é melhor deixá-lo lutar por algum tempo, e quando chegar ao fim de sua própria força, eu posso saltar na água e salvá-lo com segurança.

Você se sente como o homem que se afogava nesta história? Você caiu de seu lugar cheio de conforto e segurança, e você está lutando por sua sobrevivência? Você gritou pedindo à Deus para vir salvá-lo?
Jamais perca a fé! Deus só está lhe dando a oportunidade de salvar-se por si mesmo. Se suas forças chegarem ao fim, Deus saltará na água e salvá-lo-á! 

Infância
A infância é o sorriso da existência no horizonte da vida.

Representa esperança que o pessimismo não pode modificar. É mensagem de amor para o cansaço no refúgio do desencantamento, a fulgir no sacrário da oportunidade nova.

É experiência em começo que nos compete orientar e conduzir.

É luz a agigantar-se aguardando o azeite do nosso desvelo.

É sinfonia em preparação... nota solitária que o Músico Divino utilizará na sucessão dos dias para a grande mensagem ao mundo conturbado.

Atendamos o infante oferecendo, à manhã da vida, a promessa de um futuro seguro.

Nem a energia improdutiva; nem o caminho pernicioso; nem a assistência socorrista prejudicial às fontes do valor pessoal; nem a negligência em nome da confiança no Pai de todos; nem a vigilância que deprime; nem o arsenal de descuidos em respeito falso ao futuro homem ...

Mas, acima de tudo, comedimento de atitudes com manancial farto de recursos pessoais e exemplos fecundos, porquanto as bases do futuro encontram-se na criança de hoje, tanto quanto o fruto do porvir dormita na flor perfumada de agora.

Cuidemos do infante, oferecendo o carinho fraterno dos nossos recursos, confiados de que, um dia seremos convidados a oferecer ao Pai Misericordioso o resultado da nossa atuação junto àquele cuja guarda esteve aos cuidados do nosso coração.

O cão
Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água. Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água, ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.

Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro da água. Com isto, o reflexo desapareceu.

O cão descobriu que o obstáculo - que era ele próprio - a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.

Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível em direção ao nosso crescimento.

Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos nos desviar, mas nós somos a barreira. Nós ñ podemos nos desviar - quem vai desviar-se de quem? Nossa barreira somos nós e nos seguirá como uma sombra.

Esse é o ponto onde nós estamos - juntos da água, quase mortos de sede,mas alguma coisa nos impede, porque nós ñ estamos saltando p/ dentro. Alguma coisa nos segura. O que é?

É uma espécie de medo, porque a margem é conhecida, é familiar e pular no rio é ir em direção ao desconhecido.

O medo sempre diz: "agarre-se àquilo que é familiar, ao que é conhecido".

E as nossas misérias,nossas tristezas, nossas depressões, nossas angústias, nossos complexos, nos são familiares, são habituais.

Nós vivemos com eles por tanto tempo e nos agarramos a eles como se fosse um tesouro. O que nós temos conseguido com isso? Será que ñ podemos renunciar às nossas misérias? Já ñ estivemos o bastante com elas? Será que já ñ nos mutilaram demais? O que nós estamos esperando?

Esse é o caso de todos nós. Ninguém nos está impedindo. Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como 1 semente e nós como 1 flor.

Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo.

Portanto, ñ continuemos a jogar a responsabilidade nos outros. Essa é uma forma de nos consolar. Deixemos de nos consolar, deixemos de ter auto-piedade.

Fiquemos atentos. Abramos os olhos. Vejamos o que está acontecendo com nossa vida.

"Escolhamos certo e decidamos dar o salto."

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