terça-feira, 20 de setembro de 2011


Tudo ou nada
Após o aborto de sua segunda criança, minha irmã estava ansiosa por engravidar-se novamente. Tinha um filho de cinco anos e queria dar-lhe um irmão ou uma irmã. Mas esta gravidez logo se transformaria em um grande pesadelo.
Com 23 semanas, Kathy começou a sentir-se mal e ter contrações. Temendo novo aborto foi imediatamente à seu médico que, após examina-la, disse:
- Está tudo bem! O problema maior está "em sua cabeça". Vá para casa e continue com sua rotina, normalmente.
Era 31 de dezembro e, passados alguns dias da visita ao médico, Kathy continuava sentindo-se mal. E naquele clima de esperanças do ano novo, a ambulância foi chamada. Kathy estava em trabalho de parto. Colocada no fundo da ambulância, enquanto ouvia a sirene, tudo o que conseguia pensar era "quando acordarei deste pesadelo?"

Kathy foi levada à um hospital bem equipado e com boa equipe médica. E lá, lhe informaram,
- Você tem uma grave infecção. Se fizermos uma cesariana, o bebê
terá melhor possibilidade de sobrevivência mas existe a possibilidade
que a infecção se espalhe por todo o seu corpo, ameaçando a sua vida. Pode ser parto natural mas o bebê é tão minúsculo que certamente será afetado.
Kathy optou pela cesariana, arriscando sua própria vida para salvar
a vida de seu bebê.
Depois disso, a primeira coisa dita a Kathy foi,
- Você tem uma filha, e ela é muito pequenina. Pesa muito pouco e tem a altura de uma boneca Barbie. Seus pulmões não estão completamente desenvolvidos e, por isso, precisa respirar com ajuda de aparelhos.

E o médico continuou,
- A chance de sobrevivência é quase nenhuma. Provavelmente não
passará desta primeira noite. Se conseguir passar a noite, terá menos de 10% de possibilidade de viver após isso. Se viver, as contas médicas serão astronômicas, a tensão emocional será terrível; além disso, terá problemas mentais e uma vida muito mais complicada do que a maioria das crianças.
Em seguida, uma grave pergunta foi feita à minha irmã,
- Você quer que façamos tudo que pudermos, ou nada? Ou seja, nós podemos desligar os aparelhos que dão sustentação a vida do bebê,
mas nós temos que ter sua permissão.
Kathy respondeu-lhes dizendo para fazerem qualquer coisa e tudo o que fosse possível para salvar a vida de seu bebê, mesmo depois de todas as palavras desanimadoras que lhe disseram. Depois de tudo que tinha passado, como poderia agora simplesmente desistir daquele pequeno milagre?

Foram longas noites e longos dias. A pequena Elizabeth Hale estava presa a inúmeros aparelhos, lutando arduamente por sua vida. Os médicos ainda se diziam pessimistas. Beth ainda tinha apenas 10% de possibilidade de sobrevivência.
Encarando a realidade, Kathy teve que voltar para casa, deixando seu minúsculo bebê na UTI neonatal. Visitava-a tanto quanto possível.
Ligava 7 ou 8 vezes por dia. Sua primeira conta do telefone poderia literalmente ser esticada através do comprimento inteiro de sua casa.
Só que o dinheiro era o que menos preocupava.
Descobriu-se que Beth tinha uma falha no coração.
Tinha perdido mais peso e era muito pequena para estar sob efeito de anestesia, assim tiveram que paralisar seu minúsculo corpo para fazer a necessária cirurgia do coração.

Foram 4 meses de internação e luta pela vida.
Nunca me esquecerei, era a semana do dia das mães, quando minha irmã, seu marido e seu filho levaram Beth para casa. Pesava muito pouco e os médicos advertiram insistentemente que Beth seria um grande desafio e teria um desenvolvimento muito lento.

Junho de 2002, aquele minúsculo milagre que tinha 10% de possibilidade de sobrevivência, concluiu o colégio em primeiro lugar da sua turma. Está ingressando na faculdade que escolheu. Se teve um desenvolvimento lento, como os médicos avisaram, eu adoraria vê-la à toda a velocidade! É alta, loira e tem os olhos azuis que brilham intensos com a beleza que é o seu futuro.
Tudo ou nada?
Beth está indo para o TUDO! Ensinando que nem sempre a vida é um "mar de rosas", mas com fé, perseverança e muita luta, pode-se alcançar resultados fantásticos.

A flor da honestidade
Conta-se que por volta do ano 250 A.C., na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir a celebração, e indagou incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá ?
Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte.
Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu:
-Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio.
Lá estavam, de fato,todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções.
Então,finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo.
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu.
A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.
Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção.
Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz A flor da honestidade. Pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca.
Você será sempre um vencedor.

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