Primeira visita ao geriatra deve ser aos 35 anos

Se você fez 35 anos e ainda acredita ser um “adolescente”, está muito enganado. É nessa idade que a primeira consulta ao geriatra deve ser feita, de acordo com Paulo Luiz Honaiser, médico geriatra membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

“A partir dos vinte cinco anos, quando o indivíduo atinge seu desenvolvimento completo, a saúde começa a declinar e é por isso que o primeiro exame, em torno dos 35 ou 40 anos, já permite verificar se há tendência ou incidência de uma patologia. O ideal é fazer um check-up completo para identificar os fatores de risco doenças que, porventura, a pessoa possa ser portadora”, explica Honaiser.

A partir do exame de sangue, por exemplo, o geriatra pode visualizar a quantidade de lipídios e triglicerídeos, que apontam o nível de vl, além de identificar áreas de inflamação crônica que influenciarão no desenvolvimento de outras doenças, desequilíbrios metabólicos de várias fontes, entre outros problemas. Até mesmo o nível de stress pode ser medido pelo sangue. Quando o exame indica uma quantidade fora do normal de Cortizona, é diagnosticado o stress agudo ou Síndrome do Transtorno de Ansiedade Generalizada.

O tratamento preventivo, em conjunto com um médico geriatra, possibilita ao individuo controlar a saúde e prevenir doenças que atingem com violência a terceira idade. “A demora em consultar um geriatra gera seqüelas. A deficiência em um determinado setor pode acarretar doenças como a osteoporose, depressão, lesões de pele, problemas no intestino, labirintite, perda de memória, e outros. Os danos destas doenças podem ser amenizados caso sejam tratados desde o início”, alerta Honaiser.

A falta de condicionamento físico e de uma dieta saudável, juntamente com outros hábitos prejudiciais da população como o tabagismo e consumo de álcool, aumentam a possibilidade de doenças na fase da melhor idade. “A maioria dos pacientes já apresentam, aos 40 anos, um diagnóstico de dor, seja ela lombar, de cabeça, muscular, etc. Não praticam nenhum exercício físico e estão cheios de vícios. Quando procuram um geriatra após os sessenta anos, eles já perderam a oportunidade de serem reeducados para uma velhice saudável”, conclui.