Alimentação é fator importante no tratamento do câncer
Os tratamentos a que são submetidas pessoas diagnosticadas com câncer, como quimioterapia e radioterapia, podem gerar geram falta de apetite, náuseas, dores na garganta, alterações no paladar e olfato, entre outros desconfortos.
Por vezes, esses efeitos colaterais podem ser fortes o suficiente para limitar consideravelmente a capacidade de alimentação. Com isso o paciente se sente mais fraco, exatamente quando aumenta ainda mais a sua necessidade por vitaminas e outros nutrientes.
Por vezes, esses efeitos colaterais podem ser fortes o suficiente para limitar consideravelmente a capacidade de alimentação. Com isso o paciente se sente mais fraco, exatamente quando aumenta ainda mais a sua necessidade por vitaminas e outros nutrientes.
"É muito importante que o paciente se alimente. A alimentação não interfere diretamente no tratamento, mas o estado nutricional do paciente sim", explica o Oncologista Clínico e membro do Conselho da Associação Brasileira do Câncer, Ricardo Caponero.
Segundo o especialista, pacientes desnutridos têm mais dificuldade de recuperação e apresentam com mais freqüência sintomas como diarréia, mucosite, anemia, além de um risco maior de contrair outras infecções. Portanto, é preciso encontrar maneiras de se alimentar.
Segundo o especialista, pacientes desnutridos têm mais dificuldade de recuperação e apresentam com mais freqüência sintomas como diarréia, mucosite, anemia, além de um risco maior de contrair outras infecções. Portanto, é preciso encontrar maneiras de se alimentar.
Nesse sentido, o uso de suplementos alimentares vem ganhado espaço no processo de nutrição de pacientes com câncer. Produtos disponíveis em redes de supermercados são utilizados em alguns casos. Entretanto, grandes laboratórios já desenvolvem produtos com alta concentração de vitaminas, como licopeno, e proteínas, cuidadosamente projetados para cada perfil de paciente.
"Muitos pacientes têm diabetes, hipertensão, entre outros problemas. Por isso, é muito importante que só comecem uma dieta com suplementos com recomendação médica. Para cada caso existe um suplemento adequado. Se tomar por conta própria, o paciente corre risco de se intoxicar" explica Eline de Almeida Soriano, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN - e professora da UNESP.
Mantendo o equilíbrio
Segundo a especialista, existem alguns suplementos em forma de pó que são adicionados na comida do paciente, equilibrando a alimentação natural. "O ideal é complementar a nutrição do paciente com os suplementos", afirma. Caponero endossa: "Como o próprio nome diz, esses produtos são suplementos alimentares, e não um substituto dos alimentos".
"Não existe diferença nas substâncias encontradas nos suplementos das que são fruto direto da natureza. Elas geram o mesmo efeito no organismo. Porém, alimentos naturais têm diversas outras vitaminas e proteínas concentradas e que são insubstituíveis para o corpo humano. O ideal é manter o equilíbrio", afirma o professor de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP, Dan Waitzberg.
Na prevenção e no tratamento
Para a especialista em Nutrição Funcional Daniela Jobst, antes, durante e depois do tratamento do câncer é fundamental manter uma alimentação balanceada. A nutricionista explica que as vitaminas, as proteínas e outros nutrientes, quando bem equilibradas, contribuem consideravelmente e de maneira integrada para o bom funcionamento do corpo.
"É muito importante ressaltar que o alimento não tem apenas a função de prevenir ou evitar que uma determinada doença se fortaleça. A boa alimentação é muito importante para garantir que o organismo trabalhe normalmente. O câncer, por exemplo, é uma enfermidade que não vem sozinha. Além dos males que um tumor pode causar, o seu tratamento gera, por vezes, efeitos colaterais que exigem bastante do sistema imunológico do paciente", explica.
"É muito importante ressaltar que o alimento não tem apenas a função de prevenir ou evitar que uma determinada doença se fortaleça. A boa alimentação é muito importante para garantir que o organismo trabalhe normalmente. O câncer, por exemplo, é uma enfermidade que não vem sozinha. Além dos males que um tumor pode causar, o seu tratamento gera, por vezes, efeitos colaterais que exigem bastante do sistema imunológico do paciente", explica.
Nesse sentido, a nutricionista afirma que a alimentação está totalmente conectada a todos os processos do organismo.
"Uma boa alimentação favorece uma digestão normal, ajuda a evitar prisão de ventre, mantém o sistema imunológico trabalhando e, inclusive, é muito importante para afastar a depressão. E todos esses fatores estão ligados tanto para prevenção, como para uma boa resposta do paciente com câncer ao tratamento".
Quanto a um cardápio durante o tratamento, a especialista avalia que, de maneira geral, não existem restrições.
"Uma boa alimentação favorece uma digestão normal, ajuda a evitar prisão de ventre, mantém o sistema imunológico trabalhando e, inclusive, é muito importante para afastar a depressão. E todos esses fatores estão ligados tanto para prevenção, como para uma boa resposta do paciente com câncer ao tratamento".
Quanto a um cardápio durante o tratamento, a especialista avalia que, de maneira geral, não existem restrições.
Entretanto, dependendo do perfil do paciente ou dos efeitos colaterais que vier a sentir, alguns alimentos evidentemente devem ser cortados da dieta. "Os alimentos crus, por exemplo, devem ser evitados nas fases em que a imunidade pode estar mais baixa por efeito de tratamentos como quimioterapia ou radioterapia.
Veja mais
- Portal Oncomédica disponibiliza dicas e receitas para uma alimentação saudável
- Como lidar com alguns efeitos colaterais do tratamento quimioterápico
- Suplementos nutricionais: uma pitada a mais na sua alimentação
- Dicas nutricionais para pacientes oncológicos
- Dicas alimentares para pacientes com câncer
- Alimentação é fator importante no tratamento do câncer
Nenhum comentário:
Postar um comentário