sábado, 18 de junho de 2011

Constituição da Matéria

... COMO A MATÉRIA É CONSTITUÍDA - A matéria é formada de partículas infinitamente pequenas, indestrutíveis que se chamam átomos (de duas palavras gregas: a, privativa, e tomè, cortar - querendo significar que a coisa não pode mais ser cortada, dividida).
Orientam-se e agrupam-se os átomos em número mais ou menos considerável para formarem moléculas que se mantêm unidas umas às outras, pela força de coesão.
    Os átomos e as moléculas não se ajustam uns sobre os outros como cubos do mesmo volume; mas separam-se uns dos outros por espaços relativamente enormes, nos quais circula livremente um fluido, o éter, que, por sua vez, não é mais que a matéria em um estado mais sutil.
    Livres nos espaços que ocupam, os átomos possuem movimento próprio, movimento vibratório extremamente rápido, que é constantemente modificado pelos movimentos diferentes que lhes chegam de fora.
    Se o átomo, que podemos chamar átomo químico, representa a matéria em seu último grau de divisibilidade pelos meios de que dispomos, tudo indica que ele não é um átomo no sentido etimológico da palavra, mas que é realmente divisível por meios mais poderosos.
    Químicos mais ousados, entre os quais citarei Jollivet Castelot, autor da obra A Vida e a Alma da Matéria, afirmam que o átomo é formado pela aglomeração de partículas de éter que, por seu número, agrupamento, orientação e modo de movimento, constituem os átomos dos diferentes corpos com as propriedades físicas e químicas, que conhecemos em cada um deles.
    O éter seria, assim, considerado como o verdadeiro átomo, o átomo princípio, o protoplasma da matéria sólida, líquida ou gasosa, que cai sob nossos sentidos.
    Presentemente, procura-se tudo unificar. Se os físicos já estabeleceram e demonstraram a unidade das forças físicas, os químicos que pensam como Jollivet Castelot, procuram demonstrar a unidade da matéria.
    Os ocultistas e teósofos consideram o éter como um quarto estado da matéria que vem juntar-se aos três estados: sólido, líquido e gasoso, que todos conhecemos.
    Estes últimos admitem mesmo que há, na natureza, quatro estados etéricos, que diferem tanto um do outro, quanto o sólido difere do líquido e este do gasoso.
    Pensam eles também que a matéria, tal como a podemos conhecer nesse sete estados, é divisível ao infinito.
    Em sua excelente obra sobre O Homem Visível e Invisível, Leadbeater assim se exprime a esse respeito:
    "... que denominamos um átomo de oxigênio ou de hidrogênio, não é absolutamente o grau último e, de fato, não é de nenhum modo um átomo, mas uma molécula, que, sob certas condições, pode ser partida em átomos. "
   "Repetindo este processo de separação, chegamos, eventualmente, a um número infinito de átomos físicos definidos, que são todos semelhantes; há pois, uma substância na base de todas as substâncias e combinações diversas desses átomos últimos, que nos dão o que a química denomina átomo de oxigênio ou hidrogênio, ouro ou prata, lítio ou platina, etc.
    "Estes átomos, todavia, não são átomos últimos senão do ponto de vista de nosso plano físico, isto é, existem métodos pelos quais podem ser subdivididos; mas, quando são quebrados assim, produzem uma matéria pertencente a uma região diferente da natureza ... matéria que não é mais expansiva ou contrátil seja qual for o grau de calor a que a submetamos.""
    "Esta matéria sutil também não é simples, mas complexa; e verificamos que, por sua vez, ela existe numa série estados próprios, que correspondem aproximadamente aos estados da matéria física que chamamos sólidos, líquidos, gases ou éteres. Continuando, mais adiante, o nosso processo de subdivisão, chegamos a um outro átomo ... o átomo desta região da natureza que os ocultistas chamaram Mundo Astral.

    "O processo pode ser ainda repetido; pois, subdividindo este átomo astral, nós nos achamos em presença de um outro mundo mais elevado e sutil, embora sempre material. Uma vez mais achamos a matéria existindo em condições bem definidas e em estados diferentes que correspondem a este nível elevadíssimo.
    "O resultado final é que nossas investigações nos levam, uma vez mais, a um átomo... o átomo desta terceira grande região da natureza que a Teosofia chama o Mundo mental.
"Tanto quanto podemos alcançar, achamos que não há limite real a não ser para as nossas capacidades de observação.

    "Todavia, estamos certos dá existência de um número considerável de regiões que formam as partes de um todo prodigioso". ...

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